30.5.12

Uma vez, escutando Chico Buarque, a frase da música se alojou nos meus pensamentos, e não, não quis mais sair. : "amores serão sempre amáveis".

Eu nunca confessei para você, mas eu morria de medo que o Chico estivesse com razão, principalmente porque você fazia das palavras dele as suas. O que me fez pensar por muito tempo que você ainda amava o seu passado e o seus amores. Hoje sou eu que estou lá no passado, fizemos um favor para nós dois, educados que somos, sumimos. Não luto para tirá-lo dos meus pensamentos mais, mas incorrigível como sou, fico a pensar: amores serão sempre amáveis? E você? Será que continua fazendo das palavras do Chico as suas?

1.5.12

Se vivemos plenamente, era isso mesmo naquele momento, dificilmente pensamos que não deveria ser. Talvez racionalmente esse pensamento venha, este de que não deveríamos ter nos dedicado tanto àquele momento que foi vivido tão intensamente. Talvez este pensamento venha como parte de um processo psicológico de negação. Mas não é verdade, lá no fundo, no coração, é diferente, queríamos ter feito isso, assim como fizemos e faríamos tudo de novo. Mas acontece que as coisas mudaram..
Deixa as frases bonitas ao pé do ouvido, o abraço espontâneo, o sorriso que sai sem saber o porquê, o perfume; deixa ser, falar sem pensar, sem sequer se programar, nem tudo na vida é um check list de ritual a se cumprir.

O mundo muda, a gente muda, o mundo muda, de repente somos interessantes um para o outro. De repente nos tornamos desejáveis e só. O momento às vezes fala mais alto. Avisa pra ele que é momento, mas pode não ser. Avisa pra ele que por ora é assim, vontade de estar junto e só.


Ipê amarelo


Ipê amarelo, orquídeas e cravos sempre me chamaram atenção. Este último, porque meu pai gostava. O Ipê amarelo e as orquídeas sem motivos aparentes. Um dia estava voltando para casa em São Paulo e ganhei uma pequena muda de um ipê amarelo. Fiquei encantada, eu finalmente teria um ipê amarelo. Ele morou 3 anos na minha varanda, quando ele era pequenino eu o colocava para tomar sol de manhã. Ele cresceu tanto que teve que morar na varanda. Mas um dia ele teve que ir embora, ele ficou tão grande que não tinha vaso que o coubesse mais. Ele foi plantado na Unesp de Sorocaba, e eu nunca mais o vi. Hoje eu me lembrei dele de novo, é que ele era tão bonito, que deu saudade.

Ele deve estar tão grande, que deve estar senão mais bonito que na foto...