22.9.12

Naquele dia ela decidiu que queria estar com ele. Pele, olhos, ouvidos e cheiro. Ela não sabia como, como tinha chegado até ali. Ela queria o abraço aperto e o beijo demorado. Ele estava longe, não sabia do que estava acontecendo, ele jamais suspeitaria daquele momento "te-quero-agora-e-já". Talvez nunca venha a saber. O que ela sabia é que era preciso tomar cuidado com a espontaneidade. "De repente, não mais que de repente" as coisas mudam, e mudam de uma tal maneira que não passam nem perto das vontades momentâneas. Não se leva muito tempo para isso. Mas agora, agora ela queria ele por perto. Aos poucos, aos som da chuva ele a abraçaria, beijaria o seu pescoço, o som de sua respiração forte ao ouvido a faria grudar nas costas dele, o que não o faria questionar nada sobre o que estava acontecendo. Eles queriam ali e agora.
 
Os dois sorriam, sabiam do que queriam, mas não podiam ficar juntos. Nem ali. Nem depois.

18.9.12

Será que você vai ler estas linhas?
 
Outro dia você me ligou, entre as perguntas de como vai a vida e como você está, a pergunta, você não está escrevendo mais?
 
A verdade é que eu não sei quais palavras cairiam bem agora, a verdade é que o dia é propício para te desejar tudo aquilo que as pessoas desejam. O comum: vida boa pra você, e pronto.
 
Não tenho mais o seu telefone, assim, perdi a agenda e ele se foi junto. Lembrando da última conversa que tivemos, eu diria entre outras coisas, vai lá, aproveita dos seus dias ao máximo, vai ser tudo aquilo que você quer ser. Ser aquilo que sai de dentro, com ímpeto de quem precisa viver, porque o amanhã pode não existir. Aproveita a energia, os dias bonitos, o sol que nasce e se põe pra você. Sem o falso clichê carpe diem. Desapegue e se apegue, procure ver a vida diferente e melhor a cada dia. Conheça as pessoas a fundo. Se conheça. Não deixe para amanhã mesmo, o tempo passa voando, e sabe, não conseguimos mais alcançá-lo.
 
Se eu pudesse eu te daria a capacidade de se desapegar de tudo aquilo que te põe para baixo, que não o deixa voar mais alto, que não o deixa ir além do que você já foi. E daria a capacidade de descobrir beleza naquilo que aparentemente é feio. A leveza para enxergar a vida como mais uma oportunidade de ir em busca daquilo que faz mais "você", mais feliz; leveza para levar a vida com um sorriso espontâneo neste rosto bonito. Leveza para aqueles dias em que pedimos: dia, acabe! (Porque ele não vai acabar). Se eu pudesse inventaria doses, doses de tranquilidade e paz para enfrentar os momentos difíceis. Coragem para enfrentar os dias com todo aquele jogo de cintura, que mesmo sendo brasileiros, por vezes, não sabemos ter.
 
Entre outras coisas, desejo felicadade que não tem tamanho.
 
(E me pego pensando: será que onde você estiver está com aquele sorriso bonito no rosto? Será que vai acordar cheio de vontade para agarrar o Seu dia com as duas mãos, pés, boca, pele e ouvidos? - Tomara que sim.)
 
Dias incríveis para você - Aquele abraço
 

...

Ao fundo o silêncio de São Paulo...

A vida tinha continuado, ela apredera que o tempo custa muito caro. O tempo que não volta mais. Ela aprendera muito mais, que pode contar com ela, e que por ela tem força para lutar.

O tempo passou.

Estudar, trabalhar são partes burocráticas da vida de qualquer um. O que muda é como se leva a vida. Trabalhar por trabalhar é bem possível, mas está longe de ser ideal. Hoje ela estuda, trabalha, corre, anda, anda a pé e de bicicleta. Ela foi à academia era 00:14 para correr, e correu 7 km.  Correu, do que mesmo? Correu para continuar sendo feliz.

Porque a felicidade está na nela. A felicidade não está fora dela.