22.9.12

Naquele dia ela decidiu que queria estar com ele. Pele, olhos, ouvidos e cheiro. Ela não sabia como, como tinha chegado até ali. Ela queria o abraço aperto e o beijo demorado. Ele estava longe, não sabia do que estava acontecendo, ele jamais suspeitaria daquele momento "te-quero-agora-e-já". Talvez nunca venha a saber. O que ela sabia é que era preciso tomar cuidado com a espontaneidade. "De repente, não mais que de repente" as coisas mudam, e mudam de uma tal maneira que não passam nem perto das vontades momentâneas. Não se leva muito tempo para isso. Mas agora, agora ela queria ele por perto. Aos poucos, aos som da chuva ele a abraçaria, beijaria o seu pescoço, o som de sua respiração forte ao ouvido a faria grudar nas costas dele, o que não o faria questionar nada sobre o que estava acontecendo. Eles queriam ali e agora.
 
Os dois sorriam, sabiam do que queriam, mas não podiam ficar juntos. Nem ali. Nem depois.

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