6.3.11

A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa.
- Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!"

(O Pequeno Príncipe - Antoine Sant Exupéry)


Abro o texto com uma frase do Pequeno Príncipe, foi um dos primeiros livros que minha mãe me deu, talvez porque na época não gostasse muito de ler e o livro é pequeno. Pequeno no tamanho, precisamos deixar isso bem claro. Essa frase citada acima fala sobre amigos, sobre a correria do dia a dia e a falta de disponibilidade para se fazer amigos. Fala também sobre como só conhecemos bem aqueles que cativamos e, em seguida, em outra parte do livro, sobre como somos responsáveis por quem cativamos.


Foi mais ou menos nessa época que a conheci. Lembro dos primeiros dias que conversamos, dias agitados, sem muito tempo para uma apresentação menos formal e mais amigável. Dizem que a primeira impressão é a que fica, mas acontece que não me lembro da primeira impressão e nem das primeiras. É que quando me dei conta éramos amigas, íamos almoçar juntas quando dava, quando não dava trocávamos conversa entre o meu horário de almoço e o dela.

Os dias passaram, lembro do desespero de vê-la chorar quando perdeu o seu avô e a vontade de colocá-la no meu colo. Acho que foram acontecimentos como esse que nos aproximaram. Assim como outros tantos, como quando eu era a que precisava de cuidados. Assim seguimos, nos dias animados éramos conversas fora e sorrisos; nos outros dias, nos ajudávamos.

Como disse um senhor na fila do Café Nero (o melhor de Londres, vale a pena experimentar!) o tempo passa rápido e já faz um tempo que construímos essa amizade. Ainda bem que os caminhos se cruzaram, já te agradeci por ser minha amiga?


Fica aqui um agradecimento público então: obrigada!

Um comentário:

  1. Duas: Sua amiga tem tudo a ver com você; O café Nero também recomendo!

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